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A hérnia de hiato é o deslizamento de parte do estômago para o tórax, através do orifício do diafragma.

O esôfago do adulto é um canal muscular de 35 a 40 cm, que conduz o alimento da boca ao estômago. Poucos centímetros antes de se abrir no estômago, o esôfago cruza o diafragma através de um orifício chamado hiato. O diafragma, principal músculo respiratório, é uma calota muscular que divide o tórax do abdome. Na região do hiato esofágico existe uma válvula que se abre para a passagem do alimento do esôfago para o estômago e se fecha para que o conteúdo gástrico não retorne ao esôfago.

 

A fraqueza da musculatura diafragmática associada a outros fatores pode gerar uma alteração no posicionamento do estômago e originar a Hérnia de Hiato. Quando essa condição acontece há uma falha no mecanismo de regulação da válvula anti-refluxo e o conteúdo do estômago, em geral muito ácido, pode atingir a mucosa do esôfago, é o chamado Refluxo Gastro-Esofágico (percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca). Os principais sintomas associados são:

• Pirose ou azia: é a sensação de queimação ou calor no peito, normalmente irradiada desde a parte superior do abdômen até a garganta. Costuma ocorrer após a alimentação, quando o estômago cheio favorece o refluxo;
• Eructações (arrotos) freqüentes;
• Regurgitação: é o retorno do conteúdo alimentar até a boca, com gosto ácido e azedo;
• Dor no peito: dor torácica que pode lembrar dor de origem cardíaca.
• Tosse, rouquidão: o refluxo de material ácido para a parte inferior da garganta pode levar a tosse crônica e alterações na voz;
• Dor de garganta: dores de garganta crônicas sem causa aparente;
• Excesso de saliva: alguns pacientes queixam-se de salivação excessiva, o que é um reflexo natural porque a deglutição dessa saliva alivia a queimação.

Tendo um vasto campo de atuação nas condições anormais do sistema digestivo, a Osteopatia também trata as hérnias de hiato leves e moderadas com muita eficiência. O tratamento é realizado por meio de técnicas manuais e consiste em normalizar o tônus do diafragma, estimular o sistema nervoso autônomo e regular a posição do estômago na cavidade abdominal.

A reeducação dos hábitos alimentares é parte importante para o sucesso terapêutico e na sua manutenção. Nas condições mais graves, a cirurgia corretiva pode ser necessária.

 

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